Dar Sangue. Um ato de cidadania participativa

O sangue é um bem insubstituível, obtendo-se através de dádiva benévola, pois não é possível produzi-lo artificialmente. São muitos os doentes que necessitam de componentes sanguíneos de forma a terem melhor qualidade de vida, sendo a sua disponibilidade essencial para situações em que há risco de vida.

Dar sangue é um ato simples e seguro, não há risco de contrair doenças, sendo todo o material descartável. Todo o percurso da dádiva, iniciando-se na inscrição, passando pela triagem clínica, colheita e terminando numa ligeira refeição, demora cerca de 45 minutos.

A todas as unidades de sangue colhidas são realizadas análises que visam garantir a segurança do sangue, protegendo os doentes que recebem os componentes sanguíneos. A determinação do grupo sanguíneo AB0 e Rh, rastreio de Hepatite B e C, VIH 1 e VIH 2 (vírus da imunodeficiência humana 1 e 2, responsável pela sida), HTLV, sífilis; são algumas das análises realizadas. Sempre que o resultado destas análises estiver alterado ou for positivo, o dador é informado, sendo a unidade de sangue inutilizada.

Após o estudo analítico às unidades de sangue colhidas, estas são processadas e separadas em diferentes componentes sanguíneos:

  • Glóbulos vermelhos – têm como principal função transportar o oxigénio a todas as células do nosso corpo. Este componente é utilizado, por exemplo, em situações de hemorragia, doença hemorrágica, oncológica, entre outras;
  • Plaquetas – a sua função principal é parar uma hemorragia, sendo utilizadas no tratamento de doenças oncológicas, hematológicas, nos transplantes de medula óssea, entre outras;
  • Plasma – contém principalmente albumina e proteínas de coagulação. É utilizado para o tratamento de coagulopatias, nos grandes queimados e em doenças infeciosas.

Dar Sangue. Um ato de cidadania ativa.