Sim já se passaram dois anos desde o inico da pandemia. Dois anos de mudanças profundas.
Mudanças nas pessoas, na vida familiar, na vida social, nas organizações, na vida escolar, na utilização de tecnologias de informação, na perspetiva do equilíbrio entre saúde / doença, na utilização de novas tecnologias em saúde, na dinâmica económica. Talvez possamos resumir: tudo mudou!
Nas vagas sucessivas, no caldeirão de alterações em que o próprio vírus se modificou, foram testadas, ensaiadas e implementadas medidas sem precedentes. Algumas estranhas, outras racionais, outras discutíveis. Umas solidárias, relevantes. Outras nem tanto. A comunidade foi transformada num laboratório em que apesar do controlo de muitas variáveis, os resultados nem sempre foram os esperados.
E surgem inevitavelmente três questões: Estas mudanças são definitivas, ou iremos regressar a uma linha de base, perto da nossa vida anterior? Tendo sido induzidas de modo aleatório e responsivo são mudanças estruturantes, desembocando em algo a que iriemos chamar a “ nova normalidade”, ou não? O que migraremos na nossa vida pré-pandemia para a nossa vida futura, pós-pandemia?
Quanto às duas primeiras o tempo se encarregará de esclarecer.
Quanto à última, penso que a época em que estas linhas são escritas indica o caminho: Temos de fundamentalmente manter presentes e vivos, os nossos valores humanísticos de respeito pelo outro, de solidariedade e de partilha (de que geralmente só nos lembramos em alturas de crise ou de memória).
Assim rumemos ao futuro, vivendo o dia-a-dia com esperança e com a certeza de que iremos ficar todos bem, e que estes tempos foram somente um ritual de passagem para uma melhor Humanidade.
A todos, Festas Felizes e Votos de um Excelente 2022