A Comissão Europeia selecionou 24 projetos que irão criar novos programas, ou alargar os existentes, para a colheita de plasma de dadores recuperados da COVID-19. As dádivas de plasma serão utilizadas no tratamento de doentes atingidos pela doença. Estas subvenções são o resultado de um convite enviado em julho de 2020 a todos os serviços públicos e sem fins lucrativos em toda a UE e no Reino Unido para se candidatarem a financiamento para aquisição de equipamento para a colheita de plasma. A ação é financiada através do Instrumento de Apoio de Emergência, num montante total de 36 milhões de EUR. Os projetos, terão lugar em 14 Estados-Membros* onde se inclui Portugal e no Reino Unido.
As subvenções apoiarão a aquisição de um certo número de máquinas de plasmaférese e de equipamento associado, incluindo kits de colheita, equipamento de armazenamento, testes e caracterização do plasma e mudanças organizacionais nos centros de sangue.
Como afirmou a Comissária responsável pela Saúde, Stella Kyriakides: «No que diz respeito à investigação sobre terapêuticas para a COVID-19, temos de explorar todas as opções para garantir a disponibilização de tratamentos seguros e eficazes tão depressa quanto possível. Graças aos muitos candidatos que responderam ao convite da Comissão, a colheita de plasma pode agora ser aumentada através de projetos selecionados, o que ajudará a utilizar plasma convalescente como um possível tratamento promissor. Estamos a fazer todo o possível para proporcionar aos cidadãos terapias seguras e eficazes contra a COVID-19.»
O tratamento consiste em administrar a transfusão de plasma convalescente a doentes infetados a fim de aumentar a sua imunidade e a sua capacidade para lutar contra o vírus. Pode também ser fornecido à indústria para a purificação de anticorpos com vista ao fabrico de um medicamento para a COVID-19 (imunoglobina).
A eficácia destas duas abordagens está a ser investigada a nível mundial, nomeadamente através de projetos de investigação da UE financiados no âmbito do Horizonte 2020, cujos exemplos podem ser vistos aqui e aqui. Ambos os potenciais tratamentos se baseiam na colheita de grandes quantidades de plasma convalescente doado por doentes recuperados.
*Bélgica, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha e Eslovénia
Fonte: Comissão Europeia